Por que Deus permite o sofrimento?
Disse o Cristo de Deus: “No mundo tereis tribulações. Tende, porém, bom ânimo, pois Eu venci o mundo” (Jesus, em Seu Santo Evangelho, segundo João, 16:33).
Todos os seres humanos, em algum momento da existência, se deparam com situações desafiantes, pois essas fazem parte da vida humana. Às vezes, elas vêm no relacionamento familiar, na criação dos filhos, no campo da saúde ou na situação financeira, por exemplo.
E, quando aparecem os problemas, alguém pode se perguntar: “Por que Deus permite o sofrimento? Por que eu passo por essa dor?” São algumas respostas a esses questionamentos que este post se dispõe a apresentar.
Acerca do tema, esclarece o Presidente-Pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, José de Paiva Netto:
“Deus permite a dor, não para a nossa ruína, porém como remédio eficaz para os males que nós próprios, muitas vezes, construímos. Ela existe para nos devolver o equilíbrio de Alma, como a febre é a reação do organismo à invasão da doença”. (Registro de seu livro Como Vencer o Sofrimento, página 54.)
Portanto, se ela tem um propósito de auxiliar, de “devolver o equilíbrio de Alma”, quando a dificuldade vier, o primeiro passo é o esforço individual para não cair na revolta. Esse sentimento não resolverá o problema e ainda pode agravá-lo, trazendo outros males, como o desespero e a ansiedade.

É importante ressaltar que a dor e o sofrimento não são os únicos caminhos (como trataremos mais à frente no texto) para o amadurecimento. Mas quando eles aparecem, trazem sempre valiosas lições.
Jesus, o Cristo Ecumênico, Divino Estadista, enfrentou tantos desafios em sua Primeira Vinda Visível à Terra. Ele próprio é o exemplo de que perseverar no Bem é a grande resposta a qualquer sofrimento, afinal, Ele venceu e mostrou que todos podemos alcançar a vitória verdadeira.
A respeito das dificuldades que todos enfrentam na vida – e que não surgem no destino por acaso, afirmou:
“No mundo tereis tribulações. Tende, porém, bom ânimo, pois Eu venci o mundo” (Evangelho do Cristo, segundo João, 16:33).
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Por que existe sofrimento?
Não pense que Deus deseja o sofrimento, nosso ou de quem amamos. Isso não acontece! “Deus é Amor”, como anotou João, o Evangelista-Profeta, em sua Primeira Epístola, 4:8. Portanto, o “Pai-Mãe Celestial” não cria o sofrimento.
Os desafios de nossa existência são traçados por nós mesmos, no Mundo Espiritual, antes de reencarnarmos. Você pode se perguntar: mas por que eu mesma ou eu mesmo criaria uma dor?
Compreendamos antes de tudo que “estamos corpo, mas somos Espírito”, como proclama a Religião Divina. Desta forma, nossa existência tem início antes mesmo desta experiência material e, ainda, não se extinguirá com o fenômeno da morte.
Ainda no Mundo da Verdade, onde desfrutamos da consciência sobre qual aprendizado precisamos adquirir para nosso crescimento espiritual, e que nos trará grande Felicidade e tranquilidade de Alma, traçamos um plano de vida, denominado Agenda Espiritual.

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Essa agenda é feita por nós, com o apoio de Espíritos de Luz, seguindo um critério Divino. Esses amigos espirituais desejam a felicidade de cada um e conhecem nossos desafios individuais, mas também a grande capacidade que possuímos para resolvê-los.
Nela, também estão contempladas situações que precisamos resgatar e vencer, por conta de desavenças e erros que cometemos em vidas passadas. É a Lei de Ação e Reação, aplicada não de forma punitiva, mas em benefício do próprio ser.
Percebamos, também, que a agenda espiritual é dinâmica, afinal todos têm o livre-arbítrio, o direito de escolha de suas ações, que sempre trarão suas respectivas consequências (boas ou más). Ela é um guia, não uma algema. Pois, durante a existência, estamos a todo instante reconstruindo. “Todo dia é dia de renovar nosso destino”, afirma Paiva Netto.
Deus não cria o sofrimento!
Não é o Pai Celestial quem cria as dificuldades para a nossa existência. Contudo, Deus permite o sofrimento - tendo sido esta a condição escolhida e construída por nós mesmos - como um processo pedagógico, em que colhemos aquilo que plantamos nesta ou em outras existências.
Aliás, o sofrimento não é, necessariamente, a única forma de aprendizado. Entretanto, por nos convocar à revisão de nossos hábitos e à melhoria de nossas ações, traz resultados eficazes para o nosso crescimento espiritual.
Em seu livro Jesus, a Dor e origem de Sua Autoridade — o Poder do Cristo em nós, subtítulo "A Dor é a libertação da Alma", o Irmão Paiva Netto nos traz importante esclarecimento sobre o entendimento da dor:
“Tanta gente padece na existência terrena. Mas poderá usufruir o benefício de várias encarnações enquanto for necessário esse medicamento para a sua Alma em evolução.
Depois receberá a recompensa eterna da consciência tranquila pelo dever bem cumprido.
Não adianta fugir à Dor. O segredo para evitá-la é não a provocar. De que maneira?! Respeitando a Lei Divina. Por isso, é necessário conhecê-la bem. Trata-se de um estudo empolgante e infinito.
“Ovídio (43 a.C.-17 ou 18 d.C.) compreendeu a lição do sofrimento: ‘Suporta e persevera, que essa dor acabará por te ser de grande proveito’".
Quando, enfim, aprendemos a lição, a Dor desaparece, porque a “enfermidade espiritual” que nos afligia já não mais existe, visto que soubemos eliminar de nós os fatores que a motivavam.

+ Pela Vida, contra o suicídio – Veja as graves consequências espirituais do suicídio
Como transformar dor em vitória?
Acredite, o sofrimento que você está passando irá cessar! Isso não significa que os problemas deixarão de existir, mas refere-se à postura diante dele.
Então, o que fazer para não ser derrotado pelas dificuldades do caminho? Seguir o exemplo do Grande Amigo da Humanidade! Jesus passou pela dor da crucificação (sem merecer nenhum sofrimento sequer), ressuscitou e venceu por Amor à Humanidade.
Esse mesmo Cristo fraternalmente nos adverte:
“Na vossa perseverança, salvareis as vossas Almas” (Evangelho, segundo Lucas, 21:19).
Por isso, o suicídio jamais será uma solução. Ao contrário, ele agrava ainda mais os problemas, trazendo sérias consequências ao espírito, além do triste impacto sobre quem fica. Como afirmava o Saudoso Proclamador da Religião Divina, Alziro Zarur (1914-1979): “O suicídio não resolve as angústias de ninguém”.
Clique aqui e leia sobre as graves consequências espirituais do suicídio. Nesta matéria, você encontra um botão para conversar conosco e receber outros esclarecimentos, a partir da perspectiva da Espiritualidade Ecumênica.
Ao persistir no Bem (sem desanimar da vida), você perceberá quanto aprendizado conquistou, como se fortaleceu. Sabedoria essa que se estende àqueles que estiveram ao seu lado. Lição aprendida pelo Apóstolo Tiago, que anotou em sua Epístola Universal,1:12:
“Bem-aventurado aquele que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o ama”.