A perseverança de uma valorosa Mulher Legionária

Da Redação
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29/04/2016 às 16h00 - sexta-feira

Eis o Novo Mandamento de Jesus: “Amai-vos como eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros” (Evangelho do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, segundo João, 13:34 e 35). Trabalhar para que mais pessoas conheçam e vivam esse Sublime Sentimento é um feliz compromisso que não cessa. Exemplo disso é a perseverança da Irmã Leonor Bertolin em viver e expandir esta Ordem Suprema do Cristo. Aos 89 anos de vida, ela tem o privilégio de carregar na recordação toda a história da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, bem como as demais Instituições da Boa Vontade de Deus (IBVs).

Foi na década de 1950, na capital paulista, que a Irmã Leonor acabou sendo despertada, de forma curiosa, como Cristã do Novo Mandamento de Jesus. “Um dia meu pai veio do interior de São Paulo. Eu tinha um radiozinho velho de madeira, e ele disse: ‘Filha!, no Rio de Janeiro tem um homem que fala muito bem pelo Rádio! Vou pôr pra você ouvir!’. E nossa senhora! Ouvir o Irmão Alziro Zarur… Meu Deus do céu!”, relembra, emocionada, o primeiro contato com a pregação fraterna e ecumênica do saudoso proclamador da Religião do Terceiro Milênio.

PALAVRAS QUE LAVAVAM A ALMA

Arquivo BV
amizade fiel firmada em Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista.

Para ela, conhecer as palavras marcantes de Zarur (1914-1979) era um conforto que chegava em boa hora. Junto ao marido, enfrentava inúmeros desafios para sustentar os três filhos após a mudança da roça, no interior paulista, para a Capital Bandeirante, onde buscava melhores condições para se viver. Ela conta: “Na situação difícil em que a gente vivia, [antes] não tínhamos quem nos orientasse. A gente colocava os três pequenos para ouvir na frente do rádio e eu sabia que o Irmão Zarur falava pra mim! Ele falava sobre amar, em conforto, em esperança, em vida! Aquilo me fazia ir dormir tranquila, com a alma lavada!”.

A FÉ QUE REALIZA

Começava então o compromisso da Irmã Leonor com o Ideal Legionário. A coragem e a Fé Realizante desta mulher valorosa faziam com que conseguisse, vez ou outra, com muito esforço financeiro, ir à capital fluminense acompanhar de perto os ensinamentos do Proclamador da Religião Divina, bem como participar das ações solidárias da Obra, como a vanguardeira Ronda da Caridade, da LBV, na qual era distribuída a famosa “Sopa do Zarur” aos moradores de rua do Rio. Esse, aliás, era o grande motivo para que ela, tantas e tantas vezes, recolhesse quilos de alimentos doados pelo povo e se dedicasse na cozinha ao lado de outras Mulheres Legionárias.

 

 

REVISTA BOA VONTADE

Para estar sempre a par dos rumos que a Obra tomava, das vitórias e necessidades que precisavam ser atendidas, não se podia contar, ainda, com televisão ou internet. Foi aí que a Revista BOA VONTADE surgiu como grande apoio de divulgação além do rádio. Matérias que abordavam a reencarnação, o ecumenismo, e as principais notícias de utilidade pública eram alguns de seus muitos atrativos.

 A primeira edição, de maio de 1956, da revista Boa Vontade.

A Revista da Espiritualidade Ecumênica, inclusive, completou gloriosos 60 anos neste domingo, 1º de maio. A primeira edição da BOA VONTADE foi rodada na gráfica da Editora Bloch, do jornalista e empresário de mídia Adolpho Bloch, que conheceu o dirigente da LBV, José de Paiva Netto. Desde 1956, a publicação vem recebendo os cuidados do jornalista, radialista e escritor Paiva Netto, que neste mesmo ano, no dia 29 de junho (Dia de São Pedro e São Paulo), iniciou sua jornada ininterrupta na Seara da Boa Vontade.

“Até hoje temos a Revista Boa Vontade, que não deixo de adquirir, estou sempre com ela em mãos. Antes de deitar, estou sempre lendo um trechinho, sempre folheando, e o que desejamos é ver ela sendo cada vez mais divulgada, porque se temos ela em casa, temos mais que ouro, temos a maior riqueza. Ela trás todas as informações, inclusive a parte espiritual”, comenta a Irmã Leonor.

UM GRANDE AMIGO, UM IRMÃO

Dos 60 anos de trabalho de Paiva Netto na Seara da Boa Vontade de Deus, dona Leonor teve a satisfação de conhecer a figura jovem do homem que multiplicou, brilhantemente, todo o trabalho solidário que Zarur iniciou “por um Brasil melhor e por uma Humanidade mais feliz”.

Pela experiência de vida dela, na qual muitos desafios já enfrentou e venceu, pode afirmar que a palavra fraterna do Irmão Paiva Netto “alimenta, conforta, faz bem à nossa alma, nosso espírito. Muitas vezes você sente que está indo pro chão, mas, [após ouvir a palavra dele], percebe que está melhorando. A palavra do Irmão Paiva nos alimenta o máximo que a gente possa imaginar”.

E até por isso estende sempre seu agradecimento: “A minha gratidão pelo Irmão Paiva é muito grande. Não tem como explicar, porque na verdade ele cresceu com meus filhos. Para mim, é como se ele fosse meu filho. (...) Até hoje eu o respeito muito, muito, como meu melhor amigo, como meu irmão”.

Vivian R. Ferreira

A PERSEVERANÇA NA BOA VONTADE DE DEUS

Agora, passadas décadas, a Irmã Leonor Bertolin continua mantendo acesa em seu coração a chama da Boa Vontade. “Procuro, na medida do possível, no que está ao meu alcance, colaborar e ajudar com esta obra de Deus.” Ela está sempre envolvida nas ações fraternas da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, atuando no Departamento de Assistência Espiritual (DAE) e igualmente participando das apresentações públicas do Coral Comunitário Nair Torres. Isso sem falar da contribuição em campanhas solidárias e na dedicação em trabalhos mais que especiais, como a confecção de figurinos do Espetáculo Música Legionária. Boa costureira que é, ainda prepara enxovais para os bebês de gestantes atendidas na LBV, por meio do programa socioassistencial Cidadão-Bebê.

Vivian R. Ferreira

Ao lado da Irmã Leonor, sua querida filha, Geni Bertolin.

Por fim, a satisfação da Irmã Leonor é completa por ter a família integrada na Religião Divina. Afinal, “graças a Deus, até hoje, estão aí filhos, netos, bisnetos, tataranetos, todos integrados na Obra, graças a Deus. Era isso que eu queria. Ver eles todos trabalhando, lutando, ajudando”.

E conclui: “Eu me sinto muito, muito feliz por ter participado lá atrás, acompanhando as pregações do Irmão Zarur e do Irmão Paiva. O quanto temos aprendido com as pregações deles! (...) Isso é um conforto. Não tem dinheiro que pague esse bem-estar que a gente recebe, essa proteção espiritual, esse amparo. É muito bom pra gente. Só tenho a agradecer direto, (...) pois lá atrás a gente queria isso: que estivesse no ar, que estivesse no rádio, que estivessem ouvindo. Graças a Deus foi tudo acontecendo e está tudo aí. Nada se perdeu!”.


INSPIRAÇÃO

Linda história, não é? Que o Divino Mestre continue ofertando à Irmã Leonor todo o Seu Generoso Amparo devidamente merecido. E que este exemplo de perseverança nas Causas de Deus seja para nós inspiração perene a jamais abrirmos mão do Amor Divino Solidário de Jesus. Vale a pena perseverar! Sim, vale a pena! Pois foi o próprio Cristo de Deus quem nos orientou: “Na vossa perseverança, salvareis as vossas almas” (Evangelho de Jesus, segundo Lucas, 21:19).

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