Existe vida após a morte?

Isaías Nascimento
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15/07/2021 às 13h30 - quinta-feira

Viver é uma dádiva e a ideia de que a morte é o fim de tudo pode nos causar grande tristeza e medo. No entanto, o conhecimento espiritual vindo de Jesus nos esclarece sobre uma nova certeza: sim, existe vida após a morte. 

Sob a perspectiva de que a existência termina no túmulo, a saudade bate forte só de pensar que aquela pessoa que amamos não estará mais conosco ou que não poderemos mais fazer aquilo que tanto gostamos. E, se pudéssemos, escolheríamos não passar por essa experiência. 

Porém, nesses casos e diante de outros “mistérios” e temores que o assunto possa nos causar é preciso entender que a vida prossegue em outro plano e dimensão: o Mundo Espiritual.

Todo o amor que sentimos e os laços que construímos na Terra não serão simplesmente cortados. Cada um continuará sua jornada e, no momento certo, nos reencontraremos.

Que a dor pelo desencarne de um ente querido NUNCA seja motivo para o suicídio. Esse ato de violência contra o próprio corpo jamais será um alívio ou conforto. Pelo contrário: aqueles que se suicidam encontrarão muito mais sofrimento, pois infringiram a Lei da Vida e retornaram à Pátria Espiritual antes da hora determinada por Deus. 

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Sobre o tema “existe vida após a morte?”, esclarece José de Paiva Netto, presidente-pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito, em seu artigo O Mundo Espiritual não é uma abstração:

“Ao falar em Vida Extrafísica, refiro-me à existência vigente após o fenômeno chamado morte. O Mundo Espiritual, gosto de reiterar, não é algo abstrato, indefinido. Ele realmente existe, pleno de vibração e trabalho. Não o vemos ainda, por uma questão de frequência, obstáculo a ser desvendado pela atividade científica e suplantado pela evolução dos sentidos físicos, que se abrirão para novos céus e novos mundos. Disse Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista: ‘(...) Meu Pai não cessa de trabalhar, e Eu com Ele. (...) Não se turbe o vosso coração; crede em Deus, crede também em mim. Na Casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, Eu o teria dito a vós. Vou preparar-vos lugar. E, se Eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais comigo’ (Evangelho, segundo João, 5:17 e 14:1 a 3)”.

Continue lendo e entenda mais acerca do assunto.

Vida após a morte

Muitos povos durante a história da humanidade trataram dessa temática. Vemos, por exemplo, o Antigo Egito com suas construções piramidais, trazendo vários indícios da crença na vida após a morte.

Já os romanos tinham o hábito de orar pelos antigos familiares e pedirem para que os “mortos” pudessem lhes proteger ou abençoar nos momentos difíceis e nos bons.

Os indígenas oravam aos seus antepassados, suplicando sabedoria para a tomada de decisões difíceis na condução da comunidade.

De alguma forma, todos eles acreditavam nessa realidade e procuravam à sua maneira dar um sentido prático e social a este saber. O mesmo devemos fazer ao interpretá-lo sob o olhar do conhecimento espiritual.

A Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo assim o faz fundamentada nas lições de Jesus sobre a Vida Eterna e que existe vida após a morte. 

Bíblia Sagrada e Vida Eterna

Os saberes espirituais que encontramos no Santo Evangelho e no Apocalipse Redentor de Jesus visam nos esclarecer e confortar, a fim de que tenhamos nossas vidas iluminadas por este conhecimento celeste infindável.  

Na Primeira Vinda Visível de Jesus à Terra, Ele nos ensinou que “Deus é Deus de vivos, não de mortos. Como não credes nisso, andais muito enganados” (Boa Nova, segundo Marcos, 12:27).  

Ou seja, Ele nos revelou a Eternidade de Deus e igualmente a da criatura humana. E nos alertou que, se estivéssemos distantes desse saber, viveríamos de forma equivocada.

Jesus ao conversar com a samaritana no poço de Jacó esclareceu que “Deus é Espírito; e importa que os Seus adoradores O adorem em Espírito e Verdade” (Evangelho, segundo João, 4:24). 

E ainda no Antigo Testamento da Bíblia Sagrada encontramos que temos a mesma origem do Pai Celestial: “Deus criou o ser humano à Sua imagem e semelhança” (Gênesis, 1:27).

Então, se temos a mesma origem Dele, nós somos Espírito também, essa é nossa verdadeira essência e após a morte do corpo físico passamos a viver de acordo com essa realidade.

Outro importante momento bíblico para discutir se existe vida após a morte é quando Nicodemos visita Jesus na calada da noite e Lhe indaga sobre diversos temas. 

Ali, o Divino Pedagogo fala do novo nascimento, a Lei das Vidas Sucessivas através do mecanismo da Reencarnação, o que o doutor da lei teve dificuldade para entender. Jesus, contudo, deixou uma semente para que possamos compreender que a vida começa antes da existência material e prossegue depois dela (Evangelho, segundo João, 3:1-15).

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Diante de tantas comprovações, nos ensina o Irmão Paiva Netto: “Estamos corpo, mas somos Espírito”. O corpo é aquilo que reveste o Espírito durante a nossa atual existência na Terra. 

Portanto, a nossa vida e a de nossos familiares, amigos e conhecidos foi planejada anteriormente, no Mundo da Verdade, e cada um de nós nasceu com uma Agenda Espiritual específica e com tarefas a desenvolver. 

A morte é o momento de encerrar o ciclo desta vida, destas tarefas que tínhamos de cumprir, mas não significa o término de tudo. Em nosso retorno ao Mundo Espiritual seremos avaliados por aquilo que fizemos ou deixamos de fazer dentro desse compromisso que assumimos com Deus, Jesus e as Almas Benditas, antes de nascermos.

E ao chegar lá saberemos se vamos permanecer ou reencarnar novamente. Por isso, quando alguém que amamos desencarnar é de suma importância lembrar que, na verdade, essa pessoa retornou ao Mundo Espiritual, seu local de origem.

Isto é, não morreu, prossegue viva, pois encerrou uma etapa aqui na Terra para iniciar um novo ciclo de atividades e ações no Bem, agora, na Pátria Espiritual.

O conhecimento da Vida Eterna evoca perseverança 

Já parou para pensar que a ideia de que existe vida após a morte nos ajuda a ter forças diante das dificuldades?

Lembremo-nos do difícil momento da crucificação, quando Jesus conversou com os Apóstolos e confortou-lhes o coração, inclusive para o momento posterior àquele, no qual eles não mais O teriam ali visivelmente (a exemplo dos versículos em Seu Santo Evangelho, segundo João, 14:1-31).

Isso, pelo aspecto material do termo, mas deixando claro que, no sentido espiritual, Ele sempre estaria por perto, desde que estudassem e colocassem em prática Seus ensinamentos, se fazendo merecedores desse amparo. 

O Mestre Amigo deixa mais uma evidência da vida em outros planos ao dizer: “Na Casa de meu Pai há muitas moradas” (Boa Nova, segundo João, 14:2), revelando que a Terra é apenas uma das inúmeras moradas que o Pai criou e as criaturas humanas e espirituais poderiam habitar nesses diferentes espaços. 

E por mais que essa certeza traga tranquilidade e até conforto, tenhamos em mente que o Mundo Espiritual é totalmente dinâmico e ativo. Quando lá chegarmos, continuaremos aprendendo e trabalhando por nossa evolução e auxiliando outros espíritos encarnados e desencarnados. 

Pensemos em Jesus. Quando ressuscitou, Ele ficou parado na Pátria Espiritual? Não! Ele continuou inspirando Seus Apóstolos a levarem Sua mensagem a todas as pessoas.

O Cristo sim, estava no Mundo Espiritual Superior, e em determinadas situações, mediante merecimento e necessidade, Ele os visitava para lhes orientar em determinadas tarefas.

Exemplo disso aconteceu com Paulo Apóstolo, quando este estava levando a Boa Nova e recebeu a visita do Mestre Amigo para lhe dizer que desse continuidade à expansão da mensagem divina, sugerindo que fosse a Roma (Atos dos Apóstolos de Jesus, 23:11).  

Outra grande passagem diante da certeza de que existe vida após a morte é a da crucificação, quando o Cristo ampara Dimas, que fora também crucificado. Este havia comentado que a prisão e o martírio de Jesus eram injustos e o Divino Mestre de prontidão lhe revela que Ele estaria junto ao Pai após aquele momento, ou seja, estaria em uma das moradas espirituais, mais vivo do que nunca (Evangelho, segundo Lucas, 23:43). 

E no terceiro dia, quando tudo parecia perdido, Jesus ressuscita para devolver a Esperança a todos aqueles que O seguiam. 

Aquelas almas, antes em sofrimento por verem Jesus humilhado publicamente e repletas de dúvidas quanto à continuidade do Cristianismo, se revestiram das lições espirituais benditas para o testemunho que teriam que dar em nome do Amor, da Bondade e do entendimento sobre a Vida Eterna. 

No artigo Morte e Ressurreição, afirma o Irmão Paiva:

“A morte é apenas a abertura de novas experiências de vida. Todavia, que ninguém considere o violento ato do suicídio e suas trágicas consequências como uma escolha libertadora. Tudo, até a morte, tem leis disciplinantes”.  

A morte determina o início de uma nova fase para o Espírito, que deixa de habitar a Terra com o corpo físico e passa a habitar as dimensões do Mundo Espiritual mediante aquilo que fez de bom ou de mau. No entanto, como dito anteriormente, todos nós viemos a este planeta com uma Agenda Espiritual a cumprir e isso envolve também o nosso tempo de vida. 

O suicídio provoca uma gigantesca e bruta interrupção da existência, atrapalhando o processo de evolução daquele ser. Isso gera grandes sofrimentos a quem pratica e aos familiares e amigos deixados na Terra. Por isso, o suicídio JAMAIS será a solução, por pior que seja o desafio terreno. Tenha plena certeza disso!  

O conhecimento de que existe vida após a morte não chega até nós para que fujamos dos problemas, mas sim para que possamos vencê-los, munidos de toda a sabedoria espiritual necessária para dar sentido a cada atitude que tomamos. 

Os Apóstolos de Jesus inspirados nesse conhecimento levaram a Boa Nova do Cristo a todos os cantos do planeta. Não tiveram medo das agruras do destino e seguiram em frente, vencendo cada obstáculo. E da mesma forma devemos fazer, impedindo que a ignorância espiritual nos acomode e paralise. 

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Quer se aprofundar ainda mais neste conhecimento? Indicamos o livro Os mortos não morrem, do escritor Paiva Netto. Nessa obra, o autor traz a visão de Jesus, de cientistas, de literários, de políticos, de filósofos e muito mais acerca de assunto tão instigante, que é a morte. 

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