Entenda porque a eutanásia não é o fim da dor
O conhecimento espiritual diante de importantes questões da existência humana, como a eutanásia, nos ajuda a tomar as melhores decisões para a proteção da nossa vida e a daqueles que estão sob o nosso cuidado, como familiares e amigos.
A medida que desenvolvemos esta consciência, compreendendo o impacto de nossas ações (na matéria e no Espírito do ser), somos capazes de escolher com mais consciência, autonomia e verdadeira liberdade. Evitando assim, arrependimentos por atitudes precipitadas.
Premissa que ganha ainda mais força quando tratamos da escolha pela Vida, no amparo a pacientes em estágios terminais (na denominação da medicina).
Então, pare alguns minutos para ler este post e refletir sobre o tema! Muitas vezes, a eutanásia vem sendo apresentada como uma alternativa para acabar com o sofrimento. O que não é verdade e, sim, um terrível engano.
Eutanásia e o entendimento da Vida Eterna
A eutanásia não cessa o sofrimento de quem quer que seja, independente da circunstância que se esteja enfrentando.
Em situações como essa, buscamos fazer o que está ao nosso alcance para minimizar a aflição de quem é tão querido a nós. É preciso, porém, ter muita cautela para não acabar, mesmo sem querer, aumentando essa dor.
Não é fácil ver a pessoa amada sofrendo. Ainda mais se ela estiver passando pelo estágio terminal de uma doença ou padecendo de uma dor física constante e extrema.
O sentimento de impotência pode também tomar a nossa Alma e nos levar a decisões precipitadas, afinal, diante da incerteza de que a medicina material possa lhe melhorar o estado (no presente ou num futuro próximo), nosso coração pode se encher de angústia.
No entanto, a eutanásia não é o fim dos sofrimentos (sejam físicos ou emocionais), pois a morte não acaba com tudo, pelo contrário, é uma nova etapa para a mesma existência espiritual.
O corpo passará pelo processo de transformação natural, alimentando outras formas de vida, e, no Mundo da Verdade, a Alma despertará para prosseguir sua trajetória, levando consigo as consequências dos atos praticados na matéria.
Praticar a eutanásia, mesmo que esse tenha sido o desejo inicial do paciente, é oferecer ao seu Espírito grande sofrimento, pois do ponto de vista espiritual essa atitude constitui forma de suicídio.
No artigo Não há morte em nenhum ponto do Universo, ensina o presidente-pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, José de Paiva Netto:
“Não se mate — A Vida é eterna. Por isso praticar o suicídio é a extrema loucura, pois quem se mata vai descobrir-se, no Outro Lado, mais vivo do que nunca, a sofrer as terríveis consequências do seu ato de tremenda rebeldia contra a Sábia Lei Divina, que nos governa e governa o Universo. Matar-se abala, por largo tempo, a existência do Espírito, pois ofende a Lei que rege o Universo. Honremos, pois, o extraordinário dom que Deus nos concedeu e Ele sempre virá em nosso socorro pelos mais inimagináveis e eficientes processos. Substancial é que saibamos humildemente entender os Seus recados e os apliquemos com a Boa Vontade e a eficácia que Ele espera de nós. A continuação da existência após a morte jamais poderá ser justificativa para o suicídio. Todos continuamos vivos. (...)”.
Então, por que Deus permite a dor?
Ao contrário do que por vezes possamos imaginar, o Pai Celestial não fica aleatoriamente testando o nosso nível de resistência às dores, mas a todo instante nos oferece Seu amparo e proteção.
Ele acredita na transformação de nossos hábitos, fortalecendo-nos para os embates da vida. Jesus nos dá essa segurança ao registrar em Seu Santo Evangelho:
“Eu não vos deixarei órfãos e estarei convosco, todos os dias, até ao fim do mundo” (Boa Nova, segundo João, 14:18 e Mateus, 28:20).
É válido considerar, apesar do amparo incessante que vem do Alto, que o sofrimento possa fazer parte de nossa Agenda Espiritual, ou seja, o conjunto de compromissos que assumimos no Céu, antes mesmo de reencarnamos na Terra.
Nosso Espírito, visando a sua evolução, pode ter enxergado o sofrimento como um caminho que, entre outras coisas, o ajudaria a passar por uma etapa necessária de aprendizado, fortalecendo-o ou até mesmo impulsionando o crescimento de outros, que dividiriam esta jornada terrestre com ele.
Se nos permitirmos perceber os aspectos espirituais e pedagógicos da dor, iremos notar a misericórdia celeste atuando pelo nosso progresso.
Por intermédio dela, tornamo-nos capazes de nos corrigir, recebemos a oportunidade de reparar faltas do passado (que, porventura, tenhamos cometido) e, em muitos casos, é por ela que somos levados a desenvolver um profundo senso de humanidade e empatia, pois muitas vezes nessas situações nos tornamos mais sensíveis à dor do nosso próximo.
E, de igual forma, é preciso recordar que o sofrimento não é o nosso único caminho de aprendizado!
Morrer com dignidade
Outra preocupação que pode surgir é a necessidade de garantir àqueles que amamos um desencarne digno.
Nesse sentido, a Religião do Terceiro Milênio esclarece-nos que não há maior glória do que a certeza de ter lutado pela vida com todos os recursos que nos foram concedidos, cumprindo a nossa Agenda Espiritual.
Permanecendo assim, o tempo certo que nós mesmos nos comprometemos a viver na Terra, a duração ideal para vencermos integralmente esses compromissos espirituais.
Valorizar a vida daqueles que amamos
O que dignifica a sagrada criatura humana são seus atos de amor. Defender a vida é o maior gesto de humanidade que podemos ofertar aos que amamos.
Por isso, devemos demonstrar a eles que jamais serão abandonados, mesmo nos momentos de maior dificuldade.
Outra atitude benéfica é permanecer constantemente em prece para que a Proteção Divina nos acompanhe em nossas lutas.
Sob essa inspiração, certamente estaremos sensíveis para perceber as histórias extraordinárias de superação que estão à nossa volta, recordando-nos a todo instante deste brado do Irmão Paiva Netto: “Resista ao desespero: apele sempre para Jesus!”:
Sempre haverá Esperança e soluções seguras que valorizem e respeitem a vida e as Leis de Deus, para todo e qualquer desafio que estejamos enfrentando.
Todos nós, em Humanidade, merecemos respeito, proteção, Amor. Inclusive os mais frágeis, aqueles cuja vida foi confiada a outras mãos, neste caso, as nossas próprias.
É nosso papel defender a vida, desde a sua concepção até o momento do retorno natural e na hora certa, ao Mundo Espiritual.
Agir de maneira diferente é agir com violência, desrespeitando os direitos de nossos semelhantes e fazendo-os sofrer. E isso não é e jamais será a nossa vontade.