Quem faz parte do Rebanho Ecumênico de Jesus?

Rafael Ramalho
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16/12/2016 às 18h45 - sexta-feira

Entenda essa Profecia realizada no Evangelho e que se concretiza no Apocalipse do Cristo de Deus.

Tela: James Tissot (1836-1902)

Título da obra: Jesus ensina pelo litoral.

De tantos acontecimentos por Ele preditos, Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, deixou no seu Evangelho uma das mais socialmente impactantes profecias que transformarão beneficamente a sociedade: 

14 – Eu sou o Bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e por elas sou conhecido.
15 – Assim como o Pai me conhece a mim, também Eu conheço o Pai e dou a minha própria vida pelas ovelhas.
16 – Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco [rebanho]; a mim me convém conduzi-las, e elas ouvirão a minha voz; então, haverá um só rebanho para um só Pastor. (Boa Nova, segundo João, 10:14 a 16).

Quem são essas ovelhas do versículo 14? Pela revelação Espiritual Evangélica, na fundação do planeta, o Verbo, Jesus, estava com Deus e “todas as coisas foram feitas por Ele, e nada do que se fez foi feito sem Ele: Cristo Jesus” (João, 1:3). Desta forma, concluímos que essas ovelhas representam toda a humanidade confiada por Deus ao Cristo para que Ele a conduza e para que a Sua solidária influência se aplique a tudo o que é produzido pelos seres humanos, como organização da sociedade, da família etc.

Muito tem se falado — e ainda há muita a ser feito — sobre o respeito às diversidades. Nas conversas, debates, redes sociais, o assunto vem sempre à tona em diversas matizes: culturais, étnicas, religiosas, de gênero, filosóficas etc. Sendo assim, o que Jesus — que conhece Suas ovelhas, e está atento a essa pluralidade — planeja para a Terra ao dizer que “haverá um só rebanho para um só Pastor”?

Ao analisarmos a Sua trajetória no Evangelho, vemos que o Profeta Divino foi o primeiro a valorizar o ser humano no atendimento às suas demandas pessoais e sociais e na promoção de suas qualidades superiores, os bons valores que cada um possui dentro de si. Por onde passava, Ele despertava em todos as capacidades de realização no bem e superação dos desafios, desde os mais diferentes e estigmatizados, às figuras públicas de grande prestígio social. Ao curar, ao soerguer, ao ensinar a Caridade, a tolerância e a Justiça, o Cristo de Deus elevava o indivíduo para além daquilo que os distinguia perante os olhos preconceituosos e restritos da época. 

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Arte: Gabriel Estevão

O coração de Jesus abraça toda a humanidade

Seu Exemplo nos incentiva ao cumprimento dos deveres espirituais e a conquista dos direitos humanos, observando o indivíduo de forma completa: corpo e Espírito (o sentimento, o íntimo dos seres). As ações de Paz do Profeta Divino nos preparam, portanto, para viver uma ambiência fraterna e de cooperação, conforme conceitua o escritor Paiva Netto, presidente-pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, em seu artigo É Urgente Reeducar, encaminhado à Organização das Nações Unidas, em diversos idiomas, no ano 2000: 

“Referimo-nos ao Ecumenismo dos Corações¹, o do sentimento bom, que independe das diferenças comuns da família humana, em que as pessoas raciocinam de acordo com o amadurecimento próprio, com a extensão do seu saber ou da falta dele. Aquele que nos convence a não perder tempo com ódios e contendas estéreis, mas a estender a mão aos caídos, pois se comove com a dor, tira a camisa para vestir o nu, contribui para o bálsamo curador de quem se encontra enfermo, protege os órfãos e as viúvas, como ensina Jesus, no Evangelho, segundo Mateus, 10:8. Quem compreende o alto sentido do Ecumenismo dos Corações sabe que a Educação com Espiritualidade Ecumênica é fundamental para o progresso dos povos, porque Ecumenismo é Educação aberta à Paz, para o fortalecimento de uma nação (não para que domine as outras); portanto, o abrigo de um país e a sobrevivência do orbe que nos agasalha como filhos nem sempre bem-comportados”.

Vislumbramos, então, o clima coletivo proposto por Jesus, que, por ser o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, não está falando em aprisionamento ideológico, constrangimento cultural, tampouco em submissão dos setores da sociedade ao fanatismo que gera exclusões (em nome de Deus ou da Ciência, que nada têm a ver com isso). E muito menos, Jesus se refere à despersonalização dos componentes de Seu Rebanho Ecumênico. Pelo contrário, o Amigo Celeste insufla, com Seu sentido de Fraternidade Ecumênica (sem fronteiras), as propostas de proteção, Liberdade, Igualdade do indivíduo, de Justiça Social, amparo e Paz, promovendo nossa firmeza de caráter naquilo que todos temos de melhor. 

É como propõe a Religião do Terceiro Milênio a respeito da vivência do Ecumenismo: “É preciso que vivamos a unidade na diversidade para vencer a adversidade”, conforme conceitua seu presidente-pregador. E essas adversidades são velhas conhecidas, a fome, a desigualdade, a doença, a desesperança e a violência, por exemplo.

“Novo e Abrangente Conceito do Rebanho Ecumênico de Jesus”

Portanto, promover o Rebanho Ecumênico de que trata o Divino Mestre é uma postura Solidária a ser vivida em família, em comunidade religiosa, nos grupos aos quais pertencemos, e também nos setores que fazem funcionar a sociedade, como afirma Paiva Netto, em seu artigo O Nada é o Tudo“Ao mundo novíssimo e abrangente conceito do Rebanho Ecumênico de Jesus: quando o Divino Chefe determinava aos Seus Apóstolos e Discípulos — representados na figura hierática de Pedro — apascentar Suas ovelhas, não falava somente de ovelhas humanas. A Religião, a Ciência, a Filosofia, a Educação, a Arte, o Esporte, a Política, a Economia, a vida doméstica, a vida pública e tudo aquilo que simboliza a Cultura Universal, no Céu da Terra e na Terra, são ovelhas do Rebanho de Jesus a serem pastoreadas por Sua Eterna Doutrina, firmada no Seu Mandamento Novo: 'Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos' (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35)”.

A profecia se concretiza no Apocalipse do Cristo

Alziro Zarur (1914-1979), saudoso Proclamador da Religião do Amor Universal e estudioso das Escrituras Sagradas, afirmou em 1º de outubro de 1972, durante a Proclamação do Apocalipse de Jesus, que a promessa do Cristo no Evangelho se concretiza no Último livro da Bíblia Sagrada e que ele já está formado no Céu!

Sobre o assunto, escreve Paiva Netto, em seu livro Jesus, o Profeta Divino, 8ª edição, p. 52: “Não disse Zarur que o Rebanho Único já está formado ‘no Apocalipse que vocês não entenderam’? E é lá, no Céu, que João Evangelista observa e relata, que se vê perante uma ‘— grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro de Deus, trajando vestiduras brancas, com palmas nas suas mãos’ (Revelação de Jesus, 7:9). Nada mais, nada menos, multidão justamente constante da Visão dos Glorificados, que ocorreantes de tudo, no Céu”.

Inclusive, nessa mesma passagem do Livro das Profecias Finais (constante do capítulo 7º) encontra-se a resposta de como nós também podemos fazer parte desse Rebanho Ecumênico do Cristo. Registra João, o Evangelista Profeta, nos versículos 13 e 14: “Um dos anciãos tomou da palavra, dizendo: Estes que trajam vestiduras brancas quem são e de onde vieram? Respondi-lhe: Meu Senhor, Tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, que lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue de Cristo Jesus”. 

O sangue do Cristo representa o seu exemplo de sacrifício e de doação à humanidade, portanto, lavar as nossas vestiduras é nos revestirmos desse mesmo exemplo de Amor Solidário Divino e de cuidado para com o próximo, portanto, as nossas boas obras.

Desta forma, vemos que o Rebanho Ecumênico profetizado por Jesus será composto pelos diversos contextos culturais, econômicos, étnicos, religiosos, etc, regidos por essa máxima da convivência fraterna. Ao nos ensinar o Pai-Nosso, o Educador Celeste revelou que somos todos Irmãos, filhos de um mesmo Criador, que foi revelado como Amor (Primeiro Epístola de João, 4:8).

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¹ — Ecumenismo dos Corações — O termo refere-se a um dos 4 pilares do Ecumenismo, conceituados pelo presidente-pregador da Religião Divina. São eles: “Ecumenismo Irrestrito” e “Ecumenismo Total”, expressões criadas por Alziro Zarur e explicitadas por Paiva Netto; “Ecumenismo dos Corações” e “Ecumenismo Divino”, definições de Paiva Netto e por ele igualmente elucidadas.

² — Nota do autor: “No Céu da Terra e na Terra — Por que nesta ordem? Simplesmente porque, como digo sempre, o governo da Terra começa no Céu. Quem quiser entender melhor leia, na íntegra, e medite sobre o Tratado do Espiritualmente Revolucionário Novo Mandamento de Jesus”.

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